Antonia Maria de Oliveira Nery¹
O presente artigo tem
por objetivo apresentar o trabalho desenvolvido na escola Bela Flor em parceria
com a coordenação do Projeto Observatório da Educação na Fronteira (OBEDF) com
sede em Santa Catarina, sobre o bilinguismo ou às interferências da língua
fronteiriça, tendo como objetivo básico observar como se dar a inter-relação
aluno-aluno e professor-aluno, assim também como o desenvolvimento da
aprendizagem das crianças bilíngues.
É evidente no Acre a necessidade de
maior investimento em políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do
ensino das línguas, embora já se tenha algumas medidas que apontam para isso,
como a Lei 11.161 implantada em 05 de agosto de 2005, pelo Presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, tornando obrigatória a presença do Espanhol no ensino médio das
escolas brasileiras e o Centro Estadual de Línguas no Acre em 2011. Porém, ainda não é suficiente para atender à necessidade
que se faz presente na realidade de nossas escolas, em especial nas séries
iniciais do ensino fundamental.
Em
dezembro de 2004 ocorreu em Buenos Aires, a 1ª Reunião Técnica Bilateral das equipes
dos dois Ministérios da Educação da Argentina e do Brasil para discutir sobre o
bilinguismo nas regiões de fronteira do Brasil com países que compõem o
MERCOSUL.
Na escola Bela Flor, esse trabalho é realizado
pelas professoras:
Antonia Maria de Oliveira Nery (Pedagoga)
Jhonier Kellyn Thomaz Lima (Economista) e;
Margarida Mitsue Ueno (Letras – Inglês).
As professoras orientam os docentes nas atividades
escolares a serem desenvolvidas em Espanhol com crianças brasileiras e
bolivianas, monolíngues e bilíngues, nas salas de aula te todas as turmas do 1º
ao 5º ano das séries iniciais do Ensino Fundamental, as quais são observadas como
forma de experimentação num intercâmbio da
língua fronteiriça. Com a aprovação e apoio do gestor da escola Sullivan de
Lima Eduino.
E,
embora não deixe de ser uma iniciativa isolada, as atividades realizadas têm mudado
a rotina das aulas da escola. O que requer um olhar mais aprofundado por parte
dos responsáveis maiores do sistema de ensino para garantir a continuidade e
ampliação desse trabalho não apenas na escola Bela Flor, mas estendendo-se às demais
escolas fronteiriças do Município de Epitaciolândia no Estado do Acre.
¹ Antonia Maria de
OliveiraNery
– Professora
coordenadora de Ensino – Escola M. E. F.
Bela Flor
– Professora coordenadora em parceria com o Projeto OBEDF/ Santa
Catarina.
.